A Coexiste Artes Cênicas é uma proposta de resgate da real função das artes cênicas no mundo.

Como disse Shakespeare,
“O mundo inteiro é um palco
E todos os homens e mulheres não passam de meros atores
Eles entram e saem de cena
E cada um no seu tempo representa diversos papéis.”

Nosso centro de treinamento de artes cênicas tem o compromisso com a dissolução dessas condições arquetípicas que constroem personagens humanos, que, temporariamente, oferecem resistência ao contato com a Existência e seu Real propósito. Essa dissolução e contato com a Vida é o Real propósito das Artes Cênicas na humanidade.

É essa sabedoria que permite que o ator se torne disponível para exercer livremente a sua função na interpretação de um personagem que carrega consigo as suas próprias crenças arquetípicas, que não podem ser distorcidas pela personalidade do ator que, em cena, deixa a sua personalidade fora de cena.

A comunicação é a base de tudo o que fazemos. É através da disponibilidade para se comunicar que saímos dos nossos medos. Ao nos contextualizarmos sobre o que as pessoas sentem e sobre quais as demandas que precisam ser atendidas no mundo, nos percebemos como agentes de transformação do nosso contexto, não sobrando espaço pra se esconder de si mesmo e das relações, lembrando que o relacionamento não é apenas natural, mas absolutamente desejável.

Nossa natureza é expansiva, viva e sem limites para o relacionamento, e o teatro é uma ferramenta extremamente eficaz e objetiva para demonstrar isso, tanto para aqueles que estudam e atuam profissionalmente, quanto para aqueles que, como espectadores, buscam nas artes cênicas uma resposta para suas dificuldades emocionais, relacionais e existenciais, mesmo que, aparentemente, estejam buscando entretenimento.

Sim, o ator é um agente de transformação que consegue contribuir profundamente com as necessárias soluções humanas, porém, de uma forma didaticamente leve, substituindo o medo pelo prazer de viver e de se relacionar em busca da liberdade de representar, no mundo, a felicidade de ser o que realmente se é, não como um simples personagem, mas como a própria realidade de existir.